segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

RESPIRAR



Respiração é o processo pelo qual um organismo vivo troca oxigénio e dióxido de carbono com o seu meio ambiente. Respirar parece tão simples, e se eu te disser que não é “simples”, acreditas?

A respiração é o regulador básico de tudo o que se passa connosco. Depende dela termos mais ou menos energia para a vida. A respiração é uma das formas pela qual nós recebemos energia do exterior, e está extremamente vinculada com a nossa musculatura. A respiração e o sistema muscular trabalham juntos, comandados pelo sistema emocionalAinda continuas a achar que é simples “respirar”?

Cada emoção que sentimos tem um reflexo diferente na respiração. Quando estamos tristes, deprimidos, a respiração fica curta, pequena. Quando estamos com raiva, fica rápida, ofegante. Quando estamos com medo, a nossa respiração quase pára. Cada vez que queremos/precisamos evitar ou apenas diminuir a intensidade de um sentimento, a nossa respiração encurta e o nosso corpo tensiona. Quando nos permitimos expressar um sentimento, acontece exatamente o contrário: a nossa musculatura se expande e a respiração se amplia, dando uma sensação de alívio. E agora continuas a sentir que respirar é “simples”?

O convite de hoje é sentires como é a tua respiração? Se for possível para ti, pára uns instantes e observa como respiras? Qual a parte do teu corpo se expande com a entrada do ar e qual se contrai com a saída do ar? Usas mais a parte inferior, intermédia ou superior do tórax? Tens uma respiração curta ou ampla? Qual é mais longa em ti, a inspiração ou a expiração?

Gosto pela respiração 

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Com quê que tu sentes?



"Dizem que finjo ou minto 
Tudo o que escrevo. Não. 
Eu simplesmente sinto
Com a imaginação.
Não uso o coração."
Fernando Pessoa, "cancioneiro "

Com quê que tu sentes? 
- Com a tua imaginação? Com os teus pensamentos? Com o teu coração? Com o teu corpo? Com o teu interior ou com o teu exterior? Ou será que sentes com a imaginação, com os pensamentos, com o coração dos outros? 
-Como sabes que é esse o teu sentir?
-Como sentes no teu corpo o teu sentir? 

Gosto pelo sentir

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Como aprendes?


Como aprendes?
Sim como aprendes?
Quando quiseste aprender andar de bicicleta como fizeste? Conversaste sobre o tema e assim aprendeste a andar de bicicleta?
Quando quiseste aprender a cozinhar, como fizeste? Tiveste longas conversas sobre culinária, nutrientes, acessórios de culinária e assim aprendeste a cozinhar?
Quando quiseste aprender a ler, como fizeste? Conversaste com a tua mãe, amigos e professores sobre livros, letras, eles explicaram-te sobre o assunto e assim aprendeste?
Quando quiseste aprender sobre relações como fizeste? Conversaste com os outros sobre o tema e assim aprendeste sobre os outros?
Quando queres que alguém aprenda sobre ti, quais os comportamentos que te agradam como fazes? Tens longas conversas sobre ti com os outros, e explicas, uma e outra vez, e assim os outros aprendem sobre ti?
A tua resposta é não, é claro.
Para aprenderes a andar de bicicleta, precisaste de “usar” a bicicleta;
Para aprenderes a ler foi necessário escreveres, soletrares e manuseares as letras;
Para aprenderes a cozinhar precisaste de cozinhar;
Para aprenderes sobre relacionamentos, precisaste de te relacionar com os outros
Para os outros aprenderem sobre ti precisas de… talvez te dar.
Sim falar é importante. Sim explicar é muito importante, mas não é a nossa fonte simpática de aprendizagem. Nós aprendemos por observação (isto é, ampliação da consciência sobre um dado assunto) e por prática (treino, repetição dessa actividade).
É por esta razão, que por muito que expliques algo aos outros eles nunca irão aprender.
É também por este motivo que na maior parte das escolas ensina-se e não se aprende…
É também por este motivo, que aquela pessoa que tu explicaste vezes sem conta como se faz uma determinada tarefa, não aprende.
Assim, convido-te hoje a sentires e a conectares-te como observas? Como praticas? Como aprendes?
Gosto pela aprendizagem, Gosto pela prática

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Sentimentos




Os sentimentos ao contrário das emoções não são rápidos e fugazes, são prolongados no tempo

Enquanto a maior parte das emoções acontecem como resposta psicofisiológica a uma situação de emergência ou conflitual. Isto é, tratam-se de fenómenos afectivos intensos e de curta duração.

Os sentimentos tratam-se de fenómenos ideo-afetivos que se prolongam no tempo, derivam em regra das emoções que, com o tempo, vão perdendo intensidade, vão sendo temperados pela cognição e formatados pela razão. 

Os sentimentos podem ser, e geralmente são, revelações da vida que há dentro de nós, organismo vivo. Os sentimentos revelam a nossa verdade, a maior e a mais pequena. A verdade que queremos que todos conheçam e a verdade que escondemos de todos, até de nós.

Qual o sentimento que te faz sentir “grande”? Qual o sentimento que te faz sentir “pequeno”? O exercício é aceitar os dois, aceitar carinhosamente os dois, sem julgamentos, sem conflitos. Os dois fazem parte de ti da tua verdade.



Boa prática

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Como te actualizas?

Como te actualizas? 

A ler jornais? A ver televisão? A ouvir rádio? A ler sobre os teus temas preferidos? A conversar com os amigos? A viajar? A brincar? A cheirar o mar, a cheirar a montanha, a cheirar a floresta? A entrar em conflito com alguém que tem uma opinião diferente da tua? A dançar? A saborear o teu prato de comida preferido, a tua sobremesa preferida, o teu gelado preferido? Num encontro entre amigos? Num workshop, numa palestra? Num curso? A receber uma massagem, a receber um abraço, a receber um carinho? Num momento de introspecção ou num momento de exploração?


Sim, como te actualizas? Ou será que continuas a ser o mesmo de ontem? Com os mesmos problemas de ontem? Com as mesmas questões de ontem? Com as mesmas insatisfações de ontem? Com os mesmos valores de ontem?

Os nossos sentidos são a nossa maior fonte de atualização, quando estão abertos para dentro e para fora.


Gosto pela prática

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Cooperação



Convite de hoje, observares como entras e sais de tarefas que realizas em interacção com os outros (filhos, marido, esposa, mãe, pai, irmão, colega de trabalho, colega de escola, vizinho, recepcionista,...)

Como mobilizo-me internamente (investimento) para realizar alguma tarefa com o outro?
(Atenção, internamente é diferente de externamente, interno é aquilo que se passa dentro de nós e por norma só nos mesmo é que acedemos, infelizmente às vezes nem nós. Externamente são os comportamentos/acções expressões visíveis a todos)


- Quando me aproximo do outro para realizar uma tarefa como estou internamente? Quais são as emoções, sentimentos que possuo? Estou com pressa e sem tempo, ou estou com tempo para abrandar o meu ritmo?

- Quando me afasto do outro, após realizar uma tarefa em conjunto com ele como estou internamente? Quais são as emoções, sentimentos que possuo? Largou-o e distancio-me dele sem antes criar um continente de segurança? Ou tenho cuidado de fazer uma preparação de forma que ele não sinta a minha "ausência"?

Gosto pela tarefa em cooperação

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Sentido: Visão




Um dos nossos cinco sentidos é a visão, os olhos vêem imagens 2D que são transformadas pelo sistema visual em imagens 3D, o resultado da nossa visão é um processo construído por cada um de nós de uma forma inconsciente e automática

Existem muitas teorias (Estruturalismo, Gestaltismo, Construtivismo, Teoria Ecológica da Percepção visual, Abordagens computacionais, Abordagens conexionistas, etc) 
que procuram explicar este processo complexo de transformação de imagens 2D em 3D, todas conseguem explicar um pouco da verdade, que afinal não é verdade, porque tudo o que vês afinal não é tal e qual, é uma transformação, é algo criado por ti. Só tu podes compreender o que vês, pois o teu olhar tem história. 

O convite de hoje é abrandares o que estás a fazer agora, levantares a cabeça e observares o que está à tua frente. Quando observas o que está à tua frente, o que vês? Vês apenas uma imagem ou vês uma imagem com história? Se quiseres saber a história que tem essa imagem experimenta observar qual a parte do teu corpo que ressoa com essa imagem? Qual a parte do teu corpo que fica mais presente, quando observas o que está a tua frente?
A região do teu corpo que ressoa com a imagem que vês está a ajudar-te na criação dessa imagem, a imagem não seria a mesma “imagem”, sem essa sensação que surge em simultâneo com a imagem. 
Gosto pela prática

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Como gostas?




Convite de hoje “Como gostas de…” Aguarda um momento :-)… 

Eu não estou a convidar-te para reflectires sobre “Porque gostas de….”, pois neste caso estaria propondo pensares sobre o que gostas e isso já não é gostar, isso talvez seja pensar, reflectir, racionalizar, sobre o que gostas. Claro que podes dizer “eu gosto de pensar” e neste caso desafio-te a sentir “Como gostas de pensar”, “Como gostas de chocolate", "Como gostas de viajar", "Como gostas de ti", "Como gostas do teu filho(a)", "Como gostas de um amiga(o)", "Como gostas de um animal", "Como gostas de..."

Pequenos exemplos para te ajudar neste exercício, gosto com os braços, com os pés, gosto com o estômago, gosto com o coração, gosto com as pernas, gosto com a cabeça, gosto com os olhos, gosto com os ouvidos, gosto com o nariz, gosto quando está calmo, gosto quando está agitado, gosto quando se ri, gosto quando chora, gosto com açúcar, gosto com luz, etc, não há resposta certa ou errada, há a resposta de cada um, e cada um gosta como pode. 

E já agora como sabes que gostas com açúcar? 
Como sabes que gostas com a cabeça? 
Como sabes que gostas com o estômago? 
Como sabes que gostas com luz? 
Como sabes que gostas calmo? 
Como sabes que gostas agitado?

Gosto pela prática

domingo, 18 de outubro de 2015

Sentir




Como te sentes neste exato momento?

Exemplos para te ajudar neste exercício :-): Sinto-me feliz, Sinto-me relaxado(a), Sinto-me tensa(o), Sinto-me motivada(o), Sinto-me desmotivado(a), Sinto-me vazio(a), Sinto-me preenchido(a), Sinto-me cansado(a), Sinto-me livre, Sinto-me presa(o), Sinto-me com energia, Sinto-me ativa(o), Sinto-me desligada(o), Sinto-me dissociada(o), Sinto-me irritado(a), sinto-me raivosa(o), etc, etc. O convite é aceitar o que surge sem avaliar como certo ou errado, como bom ou mau, sem entrar em conflito com o sentir, o convite é aceitar o que acontece no momento.

Próximo convite smile emoticon, “Como sabes que te sentes…?”, isto é, quais são as sensações que surgem no teu corpo quando reparas “que te sentes (…)”.

Exemplos para te ajudar neste exercício, podes sentir peito inchado ou um aperto no peito. Podes sentir espaço no corpo, podes sentir ausência no corpo. Podes sentir cabeça e braços pesados. Podes sentir um aperto na garganta ou uma vontade de ampliar a tua respiração. Podes sentir um calor na barriga e uma necessidade de expansão. Podes sentir uma tensão por todo o corpo ou apenas nas costas, ou em outra região do corpo. Podes sentir que não sentes, podes sentir-te estranho. Podes sentir formigueiro pelo corpo todo, etc, etc. Não existem sensações certas ou erradas, boas ou más. O convite é tomar consciência do teu corpo e do que ele está a comunicar contigo neste exato momento, e aceitar o que está acontecendo sem entrar em conflito.

Gosto pela prática

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Exercício de auto-regulação




Convido-te a fazer o seguinte exercício para perceberes quanto consegues aprofundar o nível de consciência de ti mesmo.

Encontra um local confortável para te sentares, onde possas confortavelmente ficar com os pés no chão. 

Agora toma o tempo que precisares para sentires como estás fisicamente. Enquanto reparas se estás confortável ou desconfortável fisicamente, convido-te a levar a tua atenção também para a tua respiração. E enquanto reparas na tua respiração, repara onde no teu corpo consegues registar níveis de conforto? E agora repara o que sentes nessa zona do teu corpo, onde sentes conforto?

E agora novamente, enquanto sentes as zonas do teu corpo onde há conforto, consegues estar consciente do batimento do teu coração? Consegues estar consciente da tua respiração? Talvez estejas mais consciente da tua tensão muscular ou do teu relaxamento, ou da temperatura da tua pele. Talvez sintas sensações como formigueiros em algumas zonas do teu corpo, ou outras sensações, não tem mal. O objectivo é esse mesmo, observar as sensações que ocorrem por todo o corpo ao mesmo tempo que notas a tua respiração e o batimento do coração. 

A atenção sobre estas três, rastreio de sensações físicas, acompanhamento da respiração e batimento cardíaco, conduz à tua auto-regulação. 

Gosto pela auto-regulação

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

O que é o Trauma?



Todos nós já ouvimos alguém dizer, “sinto-me traumatizada com…”, ou “aquela pessoa ficou traumatizada com…”. Há pessoas que passam por situações assustadoras e ficam ilesas, e outras que perante a mesma situação o trauma se instala. Mas afinal o que é isto o trauma? 
Como o trauma se instala em nós? 
Quais os eventos que nos podem traumatizar? 
Como podemos recuperar de uma situação traumatizante?

“A maioria das pessoas pensa no trauma como um “problema mental”, ou um “distúrbio cerebral”, no entanto, o trauma é algo que acontece primeiramente no corpo, que se instala no corpo. O trauma não está no evento ou na mente da pessoa, o trauma está no seu sistema nervoso. Sim os estados mentais associados ao trauma são importantes, mas secundários. O trauma começa no corpo e a mente acompanha. 
O trauma ocorre quando não somos capazes de libertar energias bloqueadas, de nos movermos de forma plena pelas reacções físicas/emocionais relacionadas com a experiência dolorosa.
Trauma não reside no acontecimento externo que induz a dor física ou emocional, nem mesmo na própria dor, trauma incide no fato de nos aprisionarmos a reacções primitivas e aos fatos dolorosos. Trauma não é o que nos acontece, mas o que retemos dentro de nós na ausência de uma testemunha empática.” Peter Levine, (Uma voz sem palavras)

Nem todos os eventos nos traumatiza, depende muito da intensidade e da frequência do evento, e do sistema nervoso de cada um. Os recursos que a pessoa tem no momento para a amparar, podem fazer toda a diferença. Na presença de um evento avassalador é importante encontrarmos um outro empático, mesmo que desconhecido.
Sim podemos recuperar dos traumas, permitindo que o corpo se expresse, “Falando com o corpo” em vez de falar sobre a história, resgatando o nosso "Tigre" interior.
Nas situações de trauma é importante procurarmos um profissional competente no apoio às pessoas com trauma.
Gosto pela informação

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Energia Física



A tua energia física também está sujeita a ciclos. Tu não podes estar sempre no pico. Haverá alturas de baixa e de alta energia. Haverá períodos em que tu estarás intensamente ativo e criativo, mas haverá igualmente alturas em que tudo te parecerá estagnado, em que te parecerá que não estás a atingir os teus objetivos, nem a realizar nada. 
Um ciclo tanto poderá durar algumas horas como alguns anos. 
Há ciclos grandes e ciclos pequenos dentro desses ciclos grandes. 
Muitas doenças são criadas através da luta contra os ciclos de baixa energia, os quais são vitais para a regeneração. A compulsão para fazer e a tendência para ir buscar a tua sensação de mérito e de identidade a fatores externos, como por exemplo à realização pessoal, será uma ilusão inevitável enquanto tu te identificas com a tua mente. Isto fará com que te seja difícil ou mesmo impossível aceitar os ciclos descendentes e permitir que eles ocorram. Assim, a inteligência do organismo poderá tomar conta de ti e como medida de proteção, criar uma doença para te forçar a parar a fim de que a necessária regeneração possa ter lugar. “ Eckhart Tolle

Quando foi a última vez que te permitiste descansar? 
Como reconheces no teu corpo que precisas descansar?
Quantas vezes por dia te alongas?
Quantas vezes por dia escutas o teu corpo?

Gosto pela prática

terça-feira, 22 de setembro de 2015

CONFIANÇA



Confias em ti? 
Acreditas em ti, nas tuas potencialidades, na tua determinação? 
Confias em ti?
Como sabes que confias em ti?

O convite de hoje: 
De olhos fechados, numa posição confortável (de preferência sentado(a)) e com pés no chão (de forma o peso estar distribuído uniformemente pelos dois pés) soletra dentro de ti:
“Eu confio em mim”, em simultâneo observa como esta frase ressoa pelo teu corpo, isto é, quais as sensações, emoções, sentimentos, pensamentos que aparecem com esta frase.
Será muito interessante se conseguires identificar:
Uma Sensação
Uma Emoção
Uma Sentimento
Um Pensamento

Pode ser que não consigas identificar algum deles, pode ser que só consigas identificar muitos pensamentos, não tem mal nenhum nisso, aceita o que surge. A repetição do exercício e a prática continuada é o segredo do processo de consciencialização. 

Exemplos, para te ajudar no processo de identificação:
- Exemplo de Sensações, arrepios, expansão, contracção, peso, tensão, presença, etc.
- Exemplo de Emoções, aversão, alegria, tristeza, medo, vergonha, inveja, raiva, etc.
- Exemplo de Sentimentos, sinto-me confiante, sinto-me contraído, sinto-me abandonado, sinto-me acompanhado, sinto-me bem, sinto algo estranho, sinto-me ágil, sinto-me capaz, etc.
- Exemplo de Pensamento, “eu sou péssimo”, “eu sou mesmo bom”, “eu não consigo fazer este exercício”, “isto vai dar errado”, “eu sei o que é ser confiante, eu sou”, “eu quando me empenho é incrível, funciona”, “deve ser isto”, etc.

Gosto pela prática 

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

TEMPO INTERNO & TEMPO DO MUNDO




O tempo interno, ou tempo intimo, significa o tempo que precisas para assimilar, o tempo que precisas para aprender alguma coisa, para obter satisfação. Este tempo não se pode exprimir por números, umas vezes arrasta-se outras vezes dilata-se. 

O tempo do mundo é insensível ao teu tempo interno, à tua experiência. Por exemplo, o tempo do mundo é indiferente às tuas necessidades, e aos teus estados emocionais. É indiferente se estás alegre, triste, cansado, cheio de energia.... 

O tempo do mundo exprime-se por números o teu tempo interno não. O tempo do mundo é diferente do teu tempo interno. O tempo do mundo não pára e a vida de cada ser vivo é única e rara.

Como reconheces o teu tempo interno? Como reconheces o tempo domundo?
Como sentes o teu corpo quando te conectas ao teu tempo interno?
Como sentes o teu corpo quando te conectas ao tempo do mundo?
Como compartilhas o tempo interno e o tempo do mundo?

Gosto pela prática

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Relaxado & Tenso




O convite de hoje é tomares consciência em que estado estás, estás relaxado ou tenso? Quando dizes que estás relaxado ou tenso como sabes que estás relaxado ou tenso?
Como sabes no teu corpo que estás relaxado?
Como sabes no teu corpo que estás tenso?
Ou melhor, quais as zonas do teu corpo que estão relaxadas e quais as zonas do teu corpo que estão tensas?

Não há respostas certas ou erradas, assim como também não há estado certo ou errado, podemos sentir as duas coisas em simultâneo, podemos ter zonas do corpo que se encontram em tensão e outras zonas do corpo que estão em relaxe. O importante aqui é sentir e reconhecer a nossa verdade. 

Nota:
Zonas do corpo onde há dor, frio, há tensão, contracção.
Zonas do corpo onde há espaço, preenchimento, suavidade, há relaxamento.

Gosto pela prática

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

IDEIAS & MÃO



Convite de hoje é duplo heart emoticon heart emoticon
Quando foi a última vez que acariciaste as tuas mãos? Se és aquelas pessoas que passa creme nas mãos provavelmente tem pouco tempo que o fizeste.
O convite de hoje é, de olhos fechados, acariciar as mãos e enquanto acaricias as tuas mãos repara/observa o que sentes nas mãos. 
(Tipo de sensações que podem surgir nas mãos: macias, ásperas, quentes, mornas, frias, fortes, frágeis, inchadas, peludas, suaves, enrijecidas, arrepios, etc, etc. Não existem sensações certas ou erradas, o desafio é apenas sentir, sentir com mais detalhe possível e após a sensação encontrada permanecer aí o tempo possível, aproveitando para as acariciar e dar atenção, “as mãos agradecem”.)


Quando finalizares a primeira parte do exercício, que foi feita de olhos fechados (este pormenor é muito importante, pois aumenta a nossa percepção), de olhos abertos agora observa/admira as tuas mãos, o que vês? Repara e observa que tipos de pensamentos surgem na tua mente. 

(Tipo de pensamentos que pode surgir: “gosto das minhas mãos”; “não gosto das minhas mãos”; “preciso de cuidar mais das minhas mãos”;”; “não gosto nada de tocar nas minhas mãos”; etc, etc. Mais uma vez não existe pensamentos certos ou errados, são apenas pensamentos.)
A essência do exercício é perceberes a diferença entre uma sensação e um pensamento.

Para finalizar, Já reparaste que ao lado de uma EXCELENTE ideia está sempre uma mão MAGNÍFICA? E que uma ideia sem mão vira fantasia?

Gosto pela prática

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Realidade Somática



“A realidade somática expressa o processo formativo universal da experiência de cada um, isto é, somatizar é o modo pelo qual cada um de nós se conecta com a sua história, se conecta com os outros, se conecta com o cosmos que nos alimenta nas várias dimensões da nossa vida. Sentir-se parte desta realidade é obter satisfação, prazer e orientação.” Stanley Keleman (Realidade Somática)

Como sabes quando estás conectado com a tua realidade? Como sabes quando estás conectado com a realidade onde vives?
Como sabes que participas na realidade onde vives?
Como sabes que a tua realidade está misturada com a realidade onde vives?
Como sentes no teu corpo a realidade? Qual parte do teu corpo fica mais saliente quando te conectas com a realidade?

Gosto pela prática

quinta-feira, 3 de setembro de 2015




Como fantasias?
Quando crias expectativas sobre ti, estás a fantasiar.
Quando crias expectativas sobre os outros, estás a fantasiar.
Quando crias expectativas sobre um objecto, estás a fantasiar.
Quando pensas que és livre, estás a fantasiar.
Quando pensas que existem oportunidades iguais para todos estás a fantasiar.
Quando pensas que não dependes da tua família, do teu contexto social, da tua cultura, estás a fantasiar.
(...)
Quando sentes as tuas fantasias no teu corpo, estás a sentir.
Como sentes no teu corpo as tuas fantasias?

Gosto pela prática

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Libertar tensões



O exercício de hoje é de “cabeça”, isto é, de observação do couro cabeludo, podes fazer exactamente onde estás agora e na posição que te encontras, não necessitas de alterar nada. Convido-te a observar como sentes o teu couro cabeludo, que é bastante diferente da observação dos pensamentos.
Quando levas a tua atenção para o exterior da tua cabeça, mais propriamente para o teu couro cabeludo, o que sentes? Quais as sensações que surgem?
Lista de sensações que podem surgir: podes sentir um género de um capacete, podes sentir arrepios no couro cabeludo, podes sentir um género de formigueiro, podes sentir pressão que pode ser ligeira ou até bastante forte, podes sentir zonas com mais pressão que outras, podes não sentir nada em algumas zonas ou até mesmo não sentir nada por toda o couro cabeludo, podes sentir calor, etc, etc. Não existem sensações certas ou erradas, o desafio é não avaliar, apenas sentir, sentir com mais detalhe possível.
Podes também experimentar fazer auto-massagem com os teus dedos, fazendo ligeiras pressões no couro cabeludo e perceber nas zonas onde pressionas com as pontas dos dedos o que acontece? Se aparece tensão, se aparece dor, se aparece descompressão, se aparece alivio, etc. Se for possível para ti, aproveita para fazer uma auto-massagem por todo o teu couro cabeludo, este agradece.

Gosto pela prática

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Sensações



Uma das técnicas para aumentar a presença no aqui e no agora, é observar as sensações que existem no corpo ou numa parte especifica do corpo. 

Observar as sensações é diferente de perceber as sensações, pois perceber as sensações significa automaticamente que estamos a dar-lhe um significado, que estamos a “pensar” sobre elas, isto é, estamos a recorrer à nossa percepção, estamos a recorrer ao nosso passado. Percepção é diferente de Sensação.

Observar as sensações refere-se a observar o resultado imediato, não processado, da estimulação dos receptores sensoriais: olhos, ouvidos, nariz, língua e pele.

O convite de hoje é observares uma sensação que te surge agora no teu corpo, e permaneceres na sensação sem percepção, permaneceres só com a sensação. 
(Provavelmente, conseguirás permanecer, só com a sensação, milésimos de segundos, não tem nada de certo ou de errado nisso, permanece o tempo que conseguires, com a prática o tempo de permanência aumenta.)

Gosto pela prática

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Trabalhando a consciência - 50% dentro : 50% Fora




Muitos de nós vivemos as nossas vidas segundo a imagem que fazemos do universo, da natureza ou do meio social, isto é, vivemos segundo a imagem que temos do exterior. Reproduzimos crenças e padrões de acções reforçados pela família, pela educação, e pelos média, sem nos conectarmos com o nosso interior, isto é, vivemos sem noção do aspecto do nosso ser físico interior, no qual fica inscrito toda a nossa experiência. Vivemos negligenciando, ignorando a nossa realidade interior e a fonte de nossa auto-nutrição, nosso corpo, porque não sabemos descodificar a sua comunicação.
O corpo fala uma linguagem diferente da linguagem alfabética, o corpo fala a linguagem das sensações e das moções. E sim nós também podemos participar nesta linguagem neuromuscular e bioquímica, basta para tal, abrirmos espaço, um espaço de escuta e de atenção ao corpo.

O contrário também pode acontecer, isto é, vivermos unicamente no espaço de escuta interna e negligenciarmos o espaço de escuta externa.

Como é que tu vives? Vives 100% dentro ou 100% fora? Ou vives 50% dentro, 50% fora?
Como sabes que estás escutar o exterior? Como sabes que estás a escutar o interior?


Gosto pela prática

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Emoção & Razão



A cultura tornou o corpo inferior à mente, as emoções menores que a razão.

Vivemos como tivéssemos de pedir autorização à nossa mente para sentir, como se tivéssemos de pedir autorização à sociedade para sentir emoções, que segundo a sociedade estão divididas em más/boas ou negativas/positivas.

As emoções não são más/boas ou negativas/positivas, ou tão pouco prejudicam quem quer que seja, as emoções são emoções. As emoções não são acções.


Enquanto a sociedade funcionar no "deverás" ou "não deverás", não haverá espaço para a aprendizagem do "como proceder", não haverá espaço para aprendizagem do sentir a emoção verdadeira, e a sua respectiva transformação numa acção conectada com inteligência sensível.

Mente e Corpo não estão separados, mente e corpo estão juntos e fazem parte do mesmo corpo biológico, que és tu.

Como conectas o teu corpo e a tua mente?
Como conectas a tua emoção e a tua razão? 
Como conectas a tua emoção-razão-acção?
Como sentes esta hierarquia no teu corpo?


Gosto pela prática

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

A Tristeza não é triste


Muitas vezes nos sentimos tristes, o que nos leva muitas vezes a pensar, “queria tanto estar animado, sem esta tristeza que me persegue”, e se eu te disser, que nessas alturas o melhor é mesmo sentir a tristeza, tu acreditas?
Sim, a tristeza é uma das emoções biológicas universais, que tem como principal propósito a adaptação a alguma perda ou infortúnio da vida. Sem ela seriamos completamente avessos a perdas. 
  • A tristeza ajuda-nos a deixar ir o que perdemos, ou que já acabou, ajuda-nos a despedirmo-nos, a dizer adeus ao que tanto respeitamos, e abrir um novo espaço para o novo, para o crescimento, para novas pessoas ou para novas “coisas”. As lágrimas lavam o corpo, lavam a alma, permitem o desprendimento e a criação de um novo espaço.
  • A tristeza ajuda-nos a abrandar a nossa vida para recuperar um novo olhar, uma nova energia, a recuperar uma nova vida que “surge”. 
  • A tristeza também tem a função de criar empatia nos outros, quando manifestada, permitindo-nos receber cuidados, consolo e ajuda, permiti-nos ter um ombro amigo de suporte num momento difícil das nossas vidas, permite-nos ficar acompanhados. 

Quando expressamos, adequadamente a nossa tristeza e não acumulamos tristezas, entregamos o que é do passado ao passado e mais facilmente nos movimentamos para o presente, prontos e disponíveis para as novas possibilidades.
E tu, como vives as tuas tristezas? Permites-te despedir do teu passado, para estar mais presente? E hoje, já te despediste do ontem?
A tua "qualidade" de alegria é sentida pela tua "qualidade" de tristeza, nada é eterno
heart emoticon

Gosto pela prática

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Emoções




Biologicamente as emoções não são positivas ou negativas, boas ou más, embora, tendencialmente as dividimos como tal, de acordo com a nossa facilidade em as gerir/lidar. 
Por norma, classificamos de más as emoções que temos dificuldade em lidar/gerir, e de boas as emoções que temos facilidade em lidar/gerir. As emoções que nos são favoráveis classificamos de positivas e as emoções que nos são desfavoráveis classificamos de negativas. Esta classificação varia de pessoa para pessoa e de sociedade para sociedade.

No entanto, biologicamente as emoções são estratégias, que facilitam a nossa acção rápida com vista:
- à Adaptação, ou 
- à Sobrevivência e/ou 
- ao Bem-estar. 

As emoções ajudam-nos nas relações com os outros e nas demandas da vida, as emoções quando escutadas dizem-nos o que nós precisamos. E para nos conectarmos com o que realmente precisamos, é necessário conectarmos com as nossas emoções independentemente do nosso julgamento sobre elas.

O convite de hoje é de conexão com as tuas emoções sem julgamentos de positivo ou negativo, de boa ou má. Aceitando sim o que sentes, aceitando sim o que precisas.

Gosto pela prática

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Exercício de Grounding



Quantas vezes durante o dia te conectas com os teus pés? Isto é, quantas vezes durante o dia levas a tua atenção para os teus pés, para a forma como caminhas, para a forma como colocas os teus pés no chão? 

- Quando estás parado de pé, por exemplo numa fila à espera de ser atendido, como ficam os teus pés? Colocas todo o peso num só pé? Os teus pés ficam irrequietos e não há posição confortável para estar parado? Entrelaças as pernas e os pés ficam cruzados? Colocas os pés paralelos e o peso fica distribuído pelos dois pés? Etc, etc.

- Quando estás sentado como colocas os teus pés? Cruzas as pernas ficando só com um pé no chão? Colocas os dois pés no chão ficando os dois paralelos? Colocas os dois pés no chão mas um fica à frente do outro? Cruzas os pés? Ficas com os pés irrequietos e não tens posição para eles? Etc, etc.


- Como se mexem os teus dedos dos pés? Sempre que podes mexes os dedos dos pés?


O objectivo deste exercício não é fazer julgamentos sobre os teus pés, é sim observar como pousas no chão os teus pés, como se mexem os teus pés e os seus dedos. 
  
Para finalizar, quando foi a última vez que olhaste para os teus pés? Quando foi a última vez que massajaste os teus pés? 
Nota: levar a atenção para os pés é diferente de olhar os pés. Mexer os pés é diferente de massajar os pés.

Gosto pela prática

domingo, 16 de agosto de 2015


Grounding, enraizamento ou “ter os pés no chão” em português de Portugal. “Pés no chão” capacidade de nos conectarmos com nós mesmos e com a realidade interior e externa. 


Convite: descalçar sapatos/meias e pousar os dois pés no chão como sempre costumas fazer.
Agora observa os teus pés, e repara como eles estão pousados no chão, após essa observação o convite de hoje é colocares os teus pés paralelos e ligeiramente distantes um do outro, de forma a ficarem à largura dos teus ombros. Após esta ligeira correcção, o convite é perceber as diferenças, não é julgar as diferenças é perceber as diferenças, isto é, quais são as novas sensações que surgem quando colocas os teus pés paralelos? Sentes mais tensão? Ou sentes mais apoio? Sentes-te estranho ou é mais confortável? Etc, etc. Não existe sensações certas ou erradas, existe sim o que estás a sentir.

Agora, mantendo os teus pés paralelos, o convite é observar os teus dedos dos pés, como eles estão? Estendidos ou comprimidos? O convite é, mantendo os pés paralelos, experimenta expandir os dedos dos pés o mais que conseguires, de forma a aumentar a tua área de contacto com o chão, como se os teus pés crescessem através dos dedos. Agora observa o que sentes? Sentes mais equilíbrio ou desequilíbrio? Sentes-te mais estranho ou com mais apoio? Sentes-te colado ao chão ou a levantar voo? Etc, etc. Não existem sensações certas ou erradas, existe sim o que estás a sentir.

O próximo convite é sentir/observar o “mundo” a partir daí, dessa nova área de superfície de contacto, mais ampliada e mais perto do chão.

Gosto pela prática