segunda-feira, 28 de setembro de 2015

O que é o Trauma?



Todos nós já ouvimos alguém dizer, “sinto-me traumatizada com…”, ou “aquela pessoa ficou traumatizada com…”. Há pessoas que passam por situações assustadoras e ficam ilesas, e outras que perante a mesma situação o trauma se instala. Mas afinal o que é isto o trauma? 
Como o trauma se instala em nós? 
Quais os eventos que nos podem traumatizar? 
Como podemos recuperar de uma situação traumatizante?

“A maioria das pessoas pensa no trauma como um “problema mental”, ou um “distúrbio cerebral”, no entanto, o trauma é algo que acontece primeiramente no corpo, que se instala no corpo. O trauma não está no evento ou na mente da pessoa, o trauma está no seu sistema nervoso. Sim os estados mentais associados ao trauma são importantes, mas secundários. O trauma começa no corpo e a mente acompanha. 
O trauma ocorre quando não somos capazes de libertar energias bloqueadas, de nos movermos de forma plena pelas reacções físicas/emocionais relacionadas com a experiência dolorosa.
Trauma não reside no acontecimento externo que induz a dor física ou emocional, nem mesmo na própria dor, trauma incide no fato de nos aprisionarmos a reacções primitivas e aos fatos dolorosos. Trauma não é o que nos acontece, mas o que retemos dentro de nós na ausência de uma testemunha empática.” Peter Levine, (Uma voz sem palavras)

Nem todos os eventos nos traumatiza, depende muito da intensidade e da frequência do evento, e do sistema nervoso de cada um. Os recursos que a pessoa tem no momento para a amparar, podem fazer toda a diferença. Na presença de um evento avassalador é importante encontrarmos um outro empático, mesmo que desconhecido.
Sim podemos recuperar dos traumas, permitindo que o corpo se expresse, “Falando com o corpo” em vez de falar sobre a história, resgatando o nosso "Tigre" interior.
Nas situações de trauma é importante procurarmos um profissional competente no apoio às pessoas com trauma.
Gosto pela informação

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Energia Física



A tua energia física também está sujeita a ciclos. Tu não podes estar sempre no pico. Haverá alturas de baixa e de alta energia. Haverá períodos em que tu estarás intensamente ativo e criativo, mas haverá igualmente alturas em que tudo te parecerá estagnado, em que te parecerá que não estás a atingir os teus objetivos, nem a realizar nada. 
Um ciclo tanto poderá durar algumas horas como alguns anos. 
Há ciclos grandes e ciclos pequenos dentro desses ciclos grandes. 
Muitas doenças são criadas através da luta contra os ciclos de baixa energia, os quais são vitais para a regeneração. A compulsão para fazer e a tendência para ir buscar a tua sensação de mérito e de identidade a fatores externos, como por exemplo à realização pessoal, será uma ilusão inevitável enquanto tu te identificas com a tua mente. Isto fará com que te seja difícil ou mesmo impossível aceitar os ciclos descendentes e permitir que eles ocorram. Assim, a inteligência do organismo poderá tomar conta de ti e como medida de proteção, criar uma doença para te forçar a parar a fim de que a necessária regeneração possa ter lugar. “ Eckhart Tolle

Quando foi a última vez que te permitiste descansar? 
Como reconheces no teu corpo que precisas descansar?
Quantas vezes por dia te alongas?
Quantas vezes por dia escutas o teu corpo?

Gosto pela prática

terça-feira, 22 de setembro de 2015

CONFIANÇA



Confias em ti? 
Acreditas em ti, nas tuas potencialidades, na tua determinação? 
Confias em ti?
Como sabes que confias em ti?

O convite de hoje: 
De olhos fechados, numa posição confortável (de preferência sentado(a)) e com pés no chão (de forma o peso estar distribuído uniformemente pelos dois pés) soletra dentro de ti:
“Eu confio em mim”, em simultâneo observa como esta frase ressoa pelo teu corpo, isto é, quais as sensações, emoções, sentimentos, pensamentos que aparecem com esta frase.
Será muito interessante se conseguires identificar:
Uma Sensação
Uma Emoção
Uma Sentimento
Um Pensamento

Pode ser que não consigas identificar algum deles, pode ser que só consigas identificar muitos pensamentos, não tem mal nenhum nisso, aceita o que surge. A repetição do exercício e a prática continuada é o segredo do processo de consciencialização. 

Exemplos, para te ajudar no processo de identificação:
- Exemplo de Sensações, arrepios, expansão, contracção, peso, tensão, presença, etc.
- Exemplo de Emoções, aversão, alegria, tristeza, medo, vergonha, inveja, raiva, etc.
- Exemplo de Sentimentos, sinto-me confiante, sinto-me contraído, sinto-me abandonado, sinto-me acompanhado, sinto-me bem, sinto algo estranho, sinto-me ágil, sinto-me capaz, etc.
- Exemplo de Pensamento, “eu sou péssimo”, “eu sou mesmo bom”, “eu não consigo fazer este exercício”, “isto vai dar errado”, “eu sei o que é ser confiante, eu sou”, “eu quando me empenho é incrível, funciona”, “deve ser isto”, etc.

Gosto pela prática 

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

TEMPO INTERNO & TEMPO DO MUNDO




O tempo interno, ou tempo intimo, significa o tempo que precisas para assimilar, o tempo que precisas para aprender alguma coisa, para obter satisfação. Este tempo não se pode exprimir por números, umas vezes arrasta-se outras vezes dilata-se. 

O tempo do mundo é insensível ao teu tempo interno, à tua experiência. Por exemplo, o tempo do mundo é indiferente às tuas necessidades, e aos teus estados emocionais. É indiferente se estás alegre, triste, cansado, cheio de energia.... 

O tempo do mundo exprime-se por números o teu tempo interno não. O tempo do mundo é diferente do teu tempo interno. O tempo do mundo não pára e a vida de cada ser vivo é única e rara.

Como reconheces o teu tempo interno? Como reconheces o tempo domundo?
Como sentes o teu corpo quando te conectas ao teu tempo interno?
Como sentes o teu corpo quando te conectas ao tempo do mundo?
Como compartilhas o tempo interno e o tempo do mundo?

Gosto pela prática

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Relaxado & Tenso




O convite de hoje é tomares consciência em que estado estás, estás relaxado ou tenso? Quando dizes que estás relaxado ou tenso como sabes que estás relaxado ou tenso?
Como sabes no teu corpo que estás relaxado?
Como sabes no teu corpo que estás tenso?
Ou melhor, quais as zonas do teu corpo que estão relaxadas e quais as zonas do teu corpo que estão tensas?

Não há respostas certas ou erradas, assim como também não há estado certo ou errado, podemos sentir as duas coisas em simultâneo, podemos ter zonas do corpo que se encontram em tensão e outras zonas do corpo que estão em relaxe. O importante aqui é sentir e reconhecer a nossa verdade. 

Nota:
Zonas do corpo onde há dor, frio, há tensão, contracção.
Zonas do corpo onde há espaço, preenchimento, suavidade, há relaxamento.

Gosto pela prática

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

IDEIAS & MÃO



Convite de hoje é duplo heart emoticon heart emoticon
Quando foi a última vez que acariciaste as tuas mãos? Se és aquelas pessoas que passa creme nas mãos provavelmente tem pouco tempo que o fizeste.
O convite de hoje é, de olhos fechados, acariciar as mãos e enquanto acaricias as tuas mãos repara/observa o que sentes nas mãos. 
(Tipo de sensações que podem surgir nas mãos: macias, ásperas, quentes, mornas, frias, fortes, frágeis, inchadas, peludas, suaves, enrijecidas, arrepios, etc, etc. Não existem sensações certas ou erradas, o desafio é apenas sentir, sentir com mais detalhe possível e após a sensação encontrada permanecer aí o tempo possível, aproveitando para as acariciar e dar atenção, “as mãos agradecem”.)


Quando finalizares a primeira parte do exercício, que foi feita de olhos fechados (este pormenor é muito importante, pois aumenta a nossa percepção), de olhos abertos agora observa/admira as tuas mãos, o que vês? Repara e observa que tipos de pensamentos surgem na tua mente. 

(Tipo de pensamentos que pode surgir: “gosto das minhas mãos”; “não gosto das minhas mãos”; “preciso de cuidar mais das minhas mãos”;”; “não gosto nada de tocar nas minhas mãos”; etc, etc. Mais uma vez não existe pensamentos certos ou errados, são apenas pensamentos.)
A essência do exercício é perceberes a diferença entre uma sensação e um pensamento.

Para finalizar, Já reparaste que ao lado de uma EXCELENTE ideia está sempre uma mão MAGNÍFICA? E que uma ideia sem mão vira fantasia?

Gosto pela prática

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Realidade Somática



“A realidade somática expressa o processo formativo universal da experiência de cada um, isto é, somatizar é o modo pelo qual cada um de nós se conecta com a sua história, se conecta com os outros, se conecta com o cosmos que nos alimenta nas várias dimensões da nossa vida. Sentir-se parte desta realidade é obter satisfação, prazer e orientação.” Stanley Keleman (Realidade Somática)

Como sabes quando estás conectado com a tua realidade? Como sabes quando estás conectado com a realidade onde vives?
Como sabes que participas na realidade onde vives?
Como sabes que a tua realidade está misturada com a realidade onde vives?
Como sentes no teu corpo a realidade? Qual parte do teu corpo fica mais saliente quando te conectas com a realidade?

Gosto pela prática

quinta-feira, 3 de setembro de 2015




Como fantasias?
Quando crias expectativas sobre ti, estás a fantasiar.
Quando crias expectativas sobre os outros, estás a fantasiar.
Quando crias expectativas sobre um objecto, estás a fantasiar.
Quando pensas que és livre, estás a fantasiar.
Quando pensas que existem oportunidades iguais para todos estás a fantasiar.
Quando pensas que não dependes da tua família, do teu contexto social, da tua cultura, estás a fantasiar.
(...)
Quando sentes as tuas fantasias no teu corpo, estás a sentir.
Como sentes no teu corpo as tuas fantasias?

Gosto pela prática

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Libertar tensões



O exercício de hoje é de “cabeça”, isto é, de observação do couro cabeludo, podes fazer exactamente onde estás agora e na posição que te encontras, não necessitas de alterar nada. Convido-te a observar como sentes o teu couro cabeludo, que é bastante diferente da observação dos pensamentos.
Quando levas a tua atenção para o exterior da tua cabeça, mais propriamente para o teu couro cabeludo, o que sentes? Quais as sensações que surgem?
Lista de sensações que podem surgir: podes sentir um género de um capacete, podes sentir arrepios no couro cabeludo, podes sentir um género de formigueiro, podes sentir pressão que pode ser ligeira ou até bastante forte, podes sentir zonas com mais pressão que outras, podes não sentir nada em algumas zonas ou até mesmo não sentir nada por toda o couro cabeludo, podes sentir calor, etc, etc. Não existem sensações certas ou erradas, o desafio é não avaliar, apenas sentir, sentir com mais detalhe possível.
Podes também experimentar fazer auto-massagem com os teus dedos, fazendo ligeiras pressões no couro cabeludo e perceber nas zonas onde pressionas com as pontas dos dedos o que acontece? Se aparece tensão, se aparece dor, se aparece descompressão, se aparece alivio, etc. Se for possível para ti, aproveita para fazer uma auto-massagem por todo o teu couro cabeludo, este agradece.

Gosto pela prática