sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Como aprendes?


Como aprendes?
Sim como aprendes?
Quando quiseste aprender andar de bicicleta como fizeste? Conversaste sobre o tema e assim aprendeste a andar de bicicleta?
Quando quiseste aprender a cozinhar, como fizeste? Tiveste longas conversas sobre culinária, nutrientes, acessórios de culinária e assim aprendeste a cozinhar?
Quando quiseste aprender a ler, como fizeste? Conversaste com a tua mãe, amigos e professores sobre livros, letras, eles explicaram-te sobre o assunto e assim aprendeste?
Quando quiseste aprender sobre relações como fizeste? Conversaste com os outros sobre o tema e assim aprendeste sobre os outros?
Quando queres que alguém aprenda sobre ti, quais os comportamentos que te agradam como fazes? Tens longas conversas sobre ti com os outros, e explicas, uma e outra vez, e assim os outros aprendem sobre ti?
A tua resposta é não, é claro.
Para aprenderes a andar de bicicleta, precisaste de “usar” a bicicleta;
Para aprenderes a ler foi necessário escreveres, soletrares e manuseares as letras;
Para aprenderes a cozinhar precisaste de cozinhar;
Para aprenderes sobre relacionamentos, precisaste de te relacionar com os outros
Para os outros aprenderem sobre ti precisas de… talvez te dar.
Sim falar é importante. Sim explicar é muito importante, mas não é a nossa fonte simpática de aprendizagem. Nós aprendemos por observação (isto é, ampliação da consciência sobre um dado assunto) e por prática (treino, repetição dessa actividade).
É por esta razão, que por muito que expliques algo aos outros eles nunca irão aprender.
É também por este motivo que na maior parte das escolas ensina-se e não se aprende…
É também por este motivo, que aquela pessoa que tu explicaste vezes sem conta como se faz uma determinada tarefa, não aprende.
Assim, convido-te hoje a sentires e a conectares-te como observas? Como praticas? Como aprendes?
Gosto pela aprendizagem, Gosto pela prática

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Sentimentos




Os sentimentos ao contrário das emoções não são rápidos e fugazes, são prolongados no tempo

Enquanto a maior parte das emoções acontecem como resposta psicofisiológica a uma situação de emergência ou conflitual. Isto é, tratam-se de fenómenos afectivos intensos e de curta duração.

Os sentimentos tratam-se de fenómenos ideo-afetivos que se prolongam no tempo, derivam em regra das emoções que, com o tempo, vão perdendo intensidade, vão sendo temperados pela cognição e formatados pela razão. 

Os sentimentos podem ser, e geralmente são, revelações da vida que há dentro de nós, organismo vivo. Os sentimentos revelam a nossa verdade, a maior e a mais pequena. A verdade que queremos que todos conheçam e a verdade que escondemos de todos, até de nós.

Qual o sentimento que te faz sentir “grande”? Qual o sentimento que te faz sentir “pequeno”? O exercício é aceitar os dois, aceitar carinhosamente os dois, sem julgamentos, sem conflitos. Os dois fazem parte de ti da tua verdade.



Boa prática

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Como te actualizas?

Como te actualizas? 

A ler jornais? A ver televisão? A ouvir rádio? A ler sobre os teus temas preferidos? A conversar com os amigos? A viajar? A brincar? A cheirar o mar, a cheirar a montanha, a cheirar a floresta? A entrar em conflito com alguém que tem uma opinião diferente da tua? A dançar? A saborear o teu prato de comida preferido, a tua sobremesa preferida, o teu gelado preferido? Num encontro entre amigos? Num workshop, numa palestra? Num curso? A receber uma massagem, a receber um abraço, a receber um carinho? Num momento de introspecção ou num momento de exploração?


Sim, como te actualizas? Ou será que continuas a ser o mesmo de ontem? Com os mesmos problemas de ontem? Com as mesmas questões de ontem? Com as mesmas insatisfações de ontem? Com os mesmos valores de ontem?

Os nossos sentidos são a nossa maior fonte de atualização, quando estão abertos para dentro e para fora.


Gosto pela prática

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Cooperação



Convite de hoje, observares como entras e sais de tarefas que realizas em interacção com os outros (filhos, marido, esposa, mãe, pai, irmão, colega de trabalho, colega de escola, vizinho, recepcionista,...)

Como mobilizo-me internamente (investimento) para realizar alguma tarefa com o outro?
(Atenção, internamente é diferente de externamente, interno é aquilo que se passa dentro de nós e por norma só nos mesmo é que acedemos, infelizmente às vezes nem nós. Externamente são os comportamentos/acções expressões visíveis a todos)


- Quando me aproximo do outro para realizar uma tarefa como estou internamente? Quais são as emoções, sentimentos que possuo? Estou com pressa e sem tempo, ou estou com tempo para abrandar o meu ritmo?

- Quando me afasto do outro, após realizar uma tarefa em conjunto com ele como estou internamente? Quais são as emoções, sentimentos que possuo? Largou-o e distancio-me dele sem antes criar um continente de segurança? Ou tenho cuidado de fazer uma preparação de forma que ele não sinta a minha "ausência"?

Gosto pela tarefa em cooperação

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Sentido: Visão




Um dos nossos cinco sentidos é a visão, os olhos vêem imagens 2D que são transformadas pelo sistema visual em imagens 3D, o resultado da nossa visão é um processo construído por cada um de nós de uma forma inconsciente e automática

Existem muitas teorias (Estruturalismo, Gestaltismo, Construtivismo, Teoria Ecológica da Percepção visual, Abordagens computacionais, Abordagens conexionistas, etc) 
que procuram explicar este processo complexo de transformação de imagens 2D em 3D, todas conseguem explicar um pouco da verdade, que afinal não é verdade, porque tudo o que vês afinal não é tal e qual, é uma transformação, é algo criado por ti. Só tu podes compreender o que vês, pois o teu olhar tem história. 

O convite de hoje é abrandares o que estás a fazer agora, levantares a cabeça e observares o que está à tua frente. Quando observas o que está à tua frente, o que vês? Vês apenas uma imagem ou vês uma imagem com história? Se quiseres saber a história que tem essa imagem experimenta observar qual a parte do teu corpo que ressoa com essa imagem? Qual a parte do teu corpo que fica mais presente, quando observas o que está a tua frente?
A região do teu corpo que ressoa com a imagem que vês está a ajudar-te na criação dessa imagem, a imagem não seria a mesma “imagem”, sem essa sensação que surge em simultâneo com a imagem. 
Gosto pela prática