quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Cooperação



Convite de hoje, observares como entras e sais de tarefas que realizas em interacção com os outros (filhos, marido, esposa, mãe, pai, irmão, colega de trabalho, colega de escola, vizinho, recepcionista,...)

Como mobilizo-me internamente (investimento) para realizar alguma tarefa com o outro?
(Atenção, internamente é diferente de externamente, interno é aquilo que se passa dentro de nós e por norma só nos mesmo é que acedemos, infelizmente às vezes nem nós. Externamente são os comportamentos/acções expressões visíveis a todos)


- Quando me aproximo do outro para realizar uma tarefa como estou internamente? Quais são as emoções, sentimentos que possuo? Estou com pressa e sem tempo, ou estou com tempo para abrandar o meu ritmo?

- Quando me afasto do outro, após realizar uma tarefa em conjunto com ele como estou internamente? Quais são as emoções, sentimentos que possuo? Largou-o e distancio-me dele sem antes criar um continente de segurança? Ou tenho cuidado de fazer uma preparação de forma que ele não sinta a minha "ausência"?

Gosto pela tarefa em cooperação

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Sentido: Visão




Um dos nossos cinco sentidos é a visão, os olhos vêem imagens 2D que são transformadas pelo sistema visual em imagens 3D, o resultado da nossa visão é um processo construído por cada um de nós de uma forma inconsciente e automática

Existem muitas teorias (Estruturalismo, Gestaltismo, Construtivismo, Teoria Ecológica da Percepção visual, Abordagens computacionais, Abordagens conexionistas, etc) 
que procuram explicar este processo complexo de transformação de imagens 2D em 3D, todas conseguem explicar um pouco da verdade, que afinal não é verdade, porque tudo o que vês afinal não é tal e qual, é uma transformação, é algo criado por ti. Só tu podes compreender o que vês, pois o teu olhar tem história. 

O convite de hoje é abrandares o que estás a fazer agora, levantares a cabeça e observares o que está à tua frente. Quando observas o que está à tua frente, o que vês? Vês apenas uma imagem ou vês uma imagem com história? Se quiseres saber a história que tem essa imagem experimenta observar qual a parte do teu corpo que ressoa com essa imagem? Qual a parte do teu corpo que fica mais presente, quando observas o que está a tua frente?
A região do teu corpo que ressoa com a imagem que vês está a ajudar-te na criação dessa imagem, a imagem não seria a mesma “imagem”, sem essa sensação que surge em simultâneo com a imagem. 
Gosto pela prática

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Como gostas?




Convite de hoje “Como gostas de…” Aguarda um momento :-)… 

Eu não estou a convidar-te para reflectires sobre “Porque gostas de….”, pois neste caso estaria propondo pensares sobre o que gostas e isso já não é gostar, isso talvez seja pensar, reflectir, racionalizar, sobre o que gostas. Claro que podes dizer “eu gosto de pensar” e neste caso desafio-te a sentir “Como gostas de pensar”, “Como gostas de chocolate", "Como gostas de viajar", "Como gostas de ti", "Como gostas do teu filho(a)", "Como gostas de um amiga(o)", "Como gostas de um animal", "Como gostas de..."

Pequenos exemplos para te ajudar neste exercício, gosto com os braços, com os pés, gosto com o estômago, gosto com o coração, gosto com as pernas, gosto com a cabeça, gosto com os olhos, gosto com os ouvidos, gosto com o nariz, gosto quando está calmo, gosto quando está agitado, gosto quando se ri, gosto quando chora, gosto com açúcar, gosto com luz, etc, não há resposta certa ou errada, há a resposta de cada um, e cada um gosta como pode. 

E já agora como sabes que gostas com açúcar? 
Como sabes que gostas com a cabeça? 
Como sabes que gostas com o estômago? 
Como sabes que gostas com luz? 
Como sabes que gostas calmo? 
Como sabes que gostas agitado?

Gosto pela prática

domingo, 18 de outubro de 2015

Sentir




Como te sentes neste exato momento?

Exemplos para te ajudar neste exercício :-): Sinto-me feliz, Sinto-me relaxado(a), Sinto-me tensa(o), Sinto-me motivada(o), Sinto-me desmotivado(a), Sinto-me vazio(a), Sinto-me preenchido(a), Sinto-me cansado(a), Sinto-me livre, Sinto-me presa(o), Sinto-me com energia, Sinto-me ativa(o), Sinto-me desligada(o), Sinto-me dissociada(o), Sinto-me irritado(a), sinto-me raivosa(o), etc, etc. O convite é aceitar o que surge sem avaliar como certo ou errado, como bom ou mau, sem entrar em conflito com o sentir, o convite é aceitar o que acontece no momento.

Próximo convite smile emoticon, “Como sabes que te sentes…?”, isto é, quais são as sensações que surgem no teu corpo quando reparas “que te sentes (…)”.

Exemplos para te ajudar neste exercício, podes sentir peito inchado ou um aperto no peito. Podes sentir espaço no corpo, podes sentir ausência no corpo. Podes sentir cabeça e braços pesados. Podes sentir um aperto na garganta ou uma vontade de ampliar a tua respiração. Podes sentir um calor na barriga e uma necessidade de expansão. Podes sentir uma tensão por todo o corpo ou apenas nas costas, ou em outra região do corpo. Podes sentir que não sentes, podes sentir-te estranho. Podes sentir formigueiro pelo corpo todo, etc, etc. Não existem sensações certas ou erradas, boas ou más. O convite é tomar consciência do teu corpo e do que ele está a comunicar contigo neste exato momento, e aceitar o que está acontecendo sem entrar em conflito.

Gosto pela prática

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Exercício de auto-regulação




Convido-te a fazer o seguinte exercício para perceberes quanto consegues aprofundar o nível de consciência de ti mesmo.

Encontra um local confortável para te sentares, onde possas confortavelmente ficar com os pés no chão. 

Agora toma o tempo que precisares para sentires como estás fisicamente. Enquanto reparas se estás confortável ou desconfortável fisicamente, convido-te a levar a tua atenção também para a tua respiração. E enquanto reparas na tua respiração, repara onde no teu corpo consegues registar níveis de conforto? E agora repara o que sentes nessa zona do teu corpo, onde sentes conforto?

E agora novamente, enquanto sentes as zonas do teu corpo onde há conforto, consegues estar consciente do batimento do teu coração? Consegues estar consciente da tua respiração? Talvez estejas mais consciente da tua tensão muscular ou do teu relaxamento, ou da temperatura da tua pele. Talvez sintas sensações como formigueiros em algumas zonas do teu corpo, ou outras sensações, não tem mal. O objectivo é esse mesmo, observar as sensações que ocorrem por todo o corpo ao mesmo tempo que notas a tua respiração e o batimento do coração. 

A atenção sobre estas três, rastreio de sensações físicas, acompanhamento da respiração e batimento cardíaco, conduz à tua auto-regulação. 

Gosto pela auto-regulação

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

O que é o Trauma?



Todos nós já ouvimos alguém dizer, “sinto-me traumatizada com…”, ou “aquela pessoa ficou traumatizada com…”. Há pessoas que passam por situações assustadoras e ficam ilesas, e outras que perante a mesma situação o trauma se instala. Mas afinal o que é isto o trauma? 
Como o trauma se instala em nós? 
Quais os eventos que nos podem traumatizar? 
Como podemos recuperar de uma situação traumatizante?

“A maioria das pessoas pensa no trauma como um “problema mental”, ou um “distúrbio cerebral”, no entanto, o trauma é algo que acontece primeiramente no corpo, que se instala no corpo. O trauma não está no evento ou na mente da pessoa, o trauma está no seu sistema nervoso. Sim os estados mentais associados ao trauma são importantes, mas secundários. O trauma começa no corpo e a mente acompanha. 
O trauma ocorre quando não somos capazes de libertar energias bloqueadas, de nos movermos de forma plena pelas reacções físicas/emocionais relacionadas com a experiência dolorosa.
Trauma não reside no acontecimento externo que induz a dor física ou emocional, nem mesmo na própria dor, trauma incide no fato de nos aprisionarmos a reacções primitivas e aos fatos dolorosos. Trauma não é o que nos acontece, mas o que retemos dentro de nós na ausência de uma testemunha empática.” Peter Levine, (Uma voz sem palavras)

Nem todos os eventos nos traumatiza, depende muito da intensidade e da frequência do evento, e do sistema nervoso de cada um. Os recursos que a pessoa tem no momento para a amparar, podem fazer toda a diferença. Na presença de um evento avassalador é importante encontrarmos um outro empático, mesmo que desconhecido.
Sim podemos recuperar dos traumas, permitindo que o corpo se expresse, “Falando com o corpo” em vez de falar sobre a história, resgatando o nosso "Tigre" interior.
Nas situações de trauma é importante procurarmos um profissional competente no apoio às pessoas com trauma.
Gosto pela informação

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Energia Física



A tua energia física também está sujeita a ciclos. Tu não podes estar sempre no pico. Haverá alturas de baixa e de alta energia. Haverá períodos em que tu estarás intensamente ativo e criativo, mas haverá igualmente alturas em que tudo te parecerá estagnado, em que te parecerá que não estás a atingir os teus objetivos, nem a realizar nada. 
Um ciclo tanto poderá durar algumas horas como alguns anos. 
Há ciclos grandes e ciclos pequenos dentro desses ciclos grandes. 
Muitas doenças são criadas através da luta contra os ciclos de baixa energia, os quais são vitais para a regeneração. A compulsão para fazer e a tendência para ir buscar a tua sensação de mérito e de identidade a fatores externos, como por exemplo à realização pessoal, será uma ilusão inevitável enquanto tu te identificas com a tua mente. Isto fará com que te seja difícil ou mesmo impossível aceitar os ciclos descendentes e permitir que eles ocorram. Assim, a inteligência do organismo poderá tomar conta de ti e como medida de proteção, criar uma doença para te forçar a parar a fim de que a necessária regeneração possa ter lugar. “ Eckhart Tolle

Quando foi a última vez que te permitiste descansar? 
Como reconheces no teu corpo que precisas descansar?
Quantas vezes por dia te alongas?
Quantas vezes por dia escutas o teu corpo?

Gosto pela prática